Estudo Global sobre Alimentos para Lanches realizado pela Nielsen aponta que o mercado de Snacks está em ascensão. Esse tipo de alimento ganha mais espaço no cardápio das pessoas por sua praticidade – fator determinante para o consumidor, já que atualmente estes estão em busca de refeições cada vez mais rápidas e práticas.
Nesse contexto, mais de três quartos dos entrevistados (76%) consomem lanches com frequência, ou às vezes, para matar a fome entre as refeições ou satisfazer uma vontade. 45% consomem lanches como alternativa às refeições; 52% no café da manhã; 43% como almoço e 40% como jantar.
Mesmo com o crescimento do consumo de alimentos para lanches, a população apresenta maior preocupação com a saúde, o que sugere uma mudança de hábito. Nesse cenário, lanches sem açúcar são os que indicam forte crescimento. Alimentos que contenham apenas ingredientes naturais é um quesito considerado muito importante por 45% dos entrevistados ao redor do mundo e moderadamente importante por 32%. Outros fatores também são valorizados pelos entrevistados como a ausência de corantes artificiais (44%), organismos geneticamente modificados (43%) e sabores artificiais (42%). Alimentos sem cafeína também entram nessa lista, com 23%, e sem glúten, com 19%.
Ainda sob essa visão, o estudo revela que 18% dos entrevistados declararam que as frutas frescas são o lanche preferido em uma lista com 47 opções diferentes. Na sequência, aparece o chocolate com 15%. Essas duas categorias de alimentos apresentaram mais que o dobro ou o triplo das respostas dos iogurtes (6%), pães/sanduíches (6%), queijo (5%), batatas fritas/chips de tortilhas/salgadinhos crocantes (5%), vegetais (5%) e sorvete de massa/gelato (4%).
Ainda que a pesquisa mostre essas preferências por determinados produtos, a escolha pelos alimentos para lanches costuma implicar em variedade e não apenas em um tipo. Segundo a pesquisa, em um período de 30 dias, ao menos metade dos entrevistados afirmou que consumiu chocolates (64%), frutas frescas (62%), vegetais (52%), bolachas/biscoitos (51%), pães/sanduíches (50%) e iogurtes (50%). Mais de quatro em cada dez entrevistados consumiram queijo (46%), batatas fritas/chips de tortilhas/salgadinhos crocantes (44%) e castanhas/sementes (41%). Um terço deles consumiu goma de mascar (33%) e tomou sorvete de massa/gelato (33%), enquanto um quarto comeu pipoca (29%), biscoitos salgados/pães torrados (28%) e cereais (27%). Os alimentos mais macios, como os bolinhos recheados (salgados 26%) e massas instantâneas (26%), também estiverem presentes no dia a dia dos entrevistados.
O estudo aponta também que há uma diferença na escolha por lanches entre os sexos. As mulheres consomem mais alimentos para lanches que os homens. A diferença é notada na análise de várias categorias de alimentos como chocolate (68% x 61%), frutas frescas (68% x 57%), vegetais (56% x 49%), bolachas/biscoito (55% x 48%), pães/sanduíches (51% x 49%), iogurte (57% x 44%), queijo (51% x 41%), batatas fritas/chips de tortilhas (45% x 42%), castanhas sementes (44% x 39%) e goma de mascar (34% x 32%).
POR QUE LANCHE? – Dados Nielsen apontam que algumas razões para consumir lanches são emocionais. 64% dos entrevistados consomem para melhorar o humor, 53% como autorrecompensa e 44% porque estão estressados. Apenas 38% consomem lanches com frequência ou às vezes para controlar o peso.
No último ano, o mercado de alimentos para lanches movimentou R$ 374 bilhões. Nesse total, ganham destaque a Europa, como o maior consumidor (US$ 167 bi), seguida da América do Norte (US$ 124 bi). E, apesar de ainda apresentar valores bem menores, a Ásia-Pacífico (USS$ 46 bi), América Latina (US$ 30 bi) e Oriente Médio/África (US$ 7 bi) apresentaram as maiores taxas de crescimento ao longo do ano passado (4%, 9% e 5%, respectivamente).
Cada região também apresenta um gosto diferente na escolha dos alimentos para lanches. Na Europa, os confeitos que incluem doces à base de açúcar, como chocolate, balas e gomas de mascar, representam a maior participação do mercado e movimentam US$ 46,5 bilhões. Já na América do Norte, salgadinhos respondem por mais de um quinto das vendas de alimentos para lanches (US$ 27,7 bilhões). Na Ásia/Pacífico, as categorias refrigeradas representam quase um terço da categoria, movimentando US$ 13,7 bilhões. E na América Latina, os biscoitos e bolinhos totalizam mais de um quarto das vendas totais, o que equivale a US$ 8,6 bilhões. Ainda na América Latina, as vendas de salgadinhos temperados, que incluem biscoitos salgados, biscoitos de arroz e torradas de pão sírio, tiveram um aumento de 21% no último ano.